domingo, 6 de fevereiro de 2022

laço

o teu nome no meu poema
faíscas e esboço

você com o teu jeito 
de desbravar o meu pescoço,

me roço
nos nós. 

e o teu dedo solto

quem diria que o anel, o teu mel
cairiam tão fantasmagóricos

teu gozo cheiro de lágrimas,

as palavras que eu insisto
em não saber dizer por onde 

como nos discernir, improviso 
o teu rosto o meu umbigo

laço a tua presença, 

nos roço
em nós. 

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